quinta-feira, 30 de abril de 2020
O surgimento do Dia do Trabalhador
Em 1886,
operários estadunidenses se mobilizaram para conseguirem a redução da carga horária
diária de trabalho de 13h para 8h. O
dia marcado para os protestos foi 1º de maio. Mais de 340 mil trabalhadores pararam
as suas atividades em todo o país. Em Chicago,
a polícia reprimiu os protestos, resultando em 10 trabalhadores mortos, além de 1 policial. No ano seguinte,
alguns dos líderes do movimento foram condenados à morte e executados na forca.
Em 1890 os trabalhadores conseguiram a aprovação das 8h diárias.
Em
solidariedade, em vários países da Europa começaram a ocorrer protestos em todo
o 1º de maio. Em 1889 durante a realização da Segunda Internacional Socialista em Paris, ficou estabelecido que o
1º de maio seria o dia de luta dos trabalhadores. Em mais de 80 países o 1º de
maio é feriado nacional. Curiosamente os EUA não é um deles.
No Brasil, os
protestos no 1º de maio começaram em 1917. Para coibir os protestos, em 1925, o
presidente Arthur Bernardes
transformou a data em feriado. Já na Era
Vargas (1930-1945) a data foi transformada em festividade. Nesta data, Getúlio Vargas anunciava novas leis de proteção
ao trabalhador e reajustes no salário mínimo.
Referências
DIA DO
TRABALHADOR. Disponível em:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Dia_do_Trabalhador
Acesso em 30 abr. 2020.
DIA DO
TRABALHADOR: SAIBA COMO SURGIU O FERIADO DO DIA 1º DE MAIO. Disponível em: http://sindpdrj.org.br/portal/v2/2014/04/30/dia-do-trabalhador-saiba-como-surgiu-o-feriado-do-dia-1o-de-maio/
Acesso em 30 abr. 2020.
sábado, 25 de abril de 2020
A Conjuração Baiana (1798)
Os baianos
também tentaram se libertar do domínio português e diferente do movimento
mineiro, neste havia a participação das camadas populares como:
· Artesãos.
· Alfaiates.
· Libertos.
· Escravos.
Os revoltosos
queriam o fim da escravidão e a independência com relação a Portugal. Antes de
entrarem em ação foram descobertos e presos. Os envolvidos foram mortos, com
exceção de Cipriano Barata, um dos poucos nobres envolvidos.
Referência
FAUSTO, Boris. História do Brasil. 12. Ed., 2. Reimpr.
– São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2007.
sexta-feira, 24 de abril de 2020
A Reforma Protestante
A
crise na Igreja
A Igreja foi a
instituição mais poderosa da Idade Média. Era a maior possuidora de bens e
controlava a vida da sociedade com seus dogmas. Essa riqueza e poder atraía
muitas pessoas interessadas em tirar proveito da situação. Não eram raros os
casos de padres que rompiam com o celibato, a venda de indulgências ou de venda
de supostas relíquias por parte dos religiosos.
Ainda no século XIV,
surgiram contestações a Igreja. A primeira veio do teólogo inglês John Wyclif.
Para ele era um absurdo a hierarquia da instituição, além da discordância com
relação à transubstanciação (o vinho e o pão seriam o sangue e o corpo de
Cristo).
Martinho
Lutero
Lutero tinha origem
pobre. Estudou, entrou para um mosteiro e virou professor de Teologia. Em seus
estudos, começou a chegar a conclusões contrárias aos dogmas da Igreja. Ele
passou a defender que apenas a fé salvaria, ao invés da ideia defendida pela
Igreja de que as boas ações seriam a salvação.
Suas críticas não
pararam aí. Ele questionou o celibato, a venda de indulgências, a corrupção do
clero e o culto à Virgem Maria e aos santos. Como forma de protesto, em 1517
ele afixou na porta da Igreja de Wittemberg usas “95 teses”, onde fazia duras
acusações contra a Igreja. Sua intenção era chamar a atenção para dessa forma
acabar com as praticas abusivas. O resultado não foi o esperado. Depois dew
várias discussões o papa decidiu excomungá-lo da Igreja.
Lutero já tinha vários
apoiadores que protestaram contra a medida. Por esse motivo os seguidores de
Lutero ganharam o nome de protestantes. Vários reinos germânicos adotaram as
suas ideias fazendo surgir uma nova religião cristã.
Os protestantes se
espalharam pela Europa formando o luteranismo (reinos germânicos e
Escandinávia), calvinismo (suíça), anglicanismo (Inglaterra) e presbiterianismo
(Escócia). Houveram vários conflitos na Europa entre católicos e protestantes
no século XVI como na França onde os católicos massacraram os protestantes
franceses, chamados de huguenotes.
A
reação da Igreja Católica
Para conter o avanço
protestante, a Igreja iniciou a contra-reforma. Entre as medidas estavam:
·
Criação do Index (lista de livros
proibidos).
·
Cursos para a formação de religiosos.
·
Criação da Companhia de Jesus, para
ajudar na expansão da fé católica.
·
Criação do Tribunal do Santo Ofício
(inquisição).
Para
saber mais
CAMARGOS, Cássio Michel
dos Santos. A Igreja Católica contra o Protestantismo. In: Para entender a história... Ano 2, Volume ago., Série 09/08,
2011, p.01-25.
A China Antiga
· Por
volta de 10000 a. C., os primeiros nômades se fixaram na região.
·
Eles
ocuparam as margens dos dois principais rios da região: o rio Huang-ho (rio
Amarelo) e o Yang-tse-Kiang (rio Azul).
·
A
partir de 3000 a. C. vários reinos se desenvolveram na região.
·
No
mesmo período esses povos desenvolveram elaboradas técnicas de trabalho com
cerâmica, com destaque para a porcelana.
·
Também
desenvolveram técnicas de produção de seda.
·
Acredita-se
também que os chineses tenham criado as pipas. Ela teria sido inventada para
ser usada como arma por meio da transmissão de mensagens.
·
O
papel, a pólvora, a sela, o estribo e os primeiros processos de impressão em
papel também foram criados pelos chineses.
As
dinastias chinesas
·
Por
volta de 1750 a. C., surgiu na região a dinastia Shang.
·
Os
reis dessa dinastia construíam grandes palácios e túmulos. Quando morriam, tudo
que lhes pertencessem era enterrado, inclusive funcionários.
·
O
imperador tinha o título de “filho do céu”, mas se ele não governasse de acordo
com os costumes, poderia perder o poder.
·
Na
sociedade chinesa se valorizava a família com o pai tendo total autoridade
sobre os seus membros.
·
A
mulher devia total submissão ao marido. Ela era vítima de uma prática cruel, o
“pé de lótus”. Lótus é uma flor muito admirada na China e as mulheres tinham
que ter seus pés parecidos com ela.
·
Para
isso elas eram obrigadas a usar, desde a infância, bandagens nos pés que os
atrofiavam, ficando pequenos e finos.
·
Com
os pés pequenos e finos, a mulher perdia equilíbrio, o que deixava o homem
ainda mais atraído, pois passava a impressa ode fragilidade.
·
Hoje
essa prática é proibida por lei na China, mas no interior do país, ainda é
possível achar vítimas dessa prática.
A
dinastia Han
·
Depois
de um período de guerras e crises, Shi Huangdi tornou-se o primeiro imperador a
pacificar a China por volta do século III a. C.
·
Ele
foi o responsável pela padronização de moeda, pesos e medidas e da escrita.
·
Foi
o responsável por grandes obras como a grande muralha da China.
·
Quando
morreu, foi colocado 7500 soldados de terracota em seu túmulo.
·
Com
a morte de Huangdi tem início a dinastia HAn.
·
O
império cresceu tanto que estabeleceu contatos comerciais com o Império Romano.
·
Os
chineses mandavam seda e porcelana e recebiam objetos de vidro entre outros
bens.
·
Esse
comércio era feito por uma estrada de mais de 11 mil Km que ganhou o nome de
Rota da Seda.
·
Ao
longo do tempo o império foi se enfraquecendo até acabar em 1912.
Referências
HISTÓRIA DA CHINA. Disponível em: https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_da_China
Acesso em 24 abr. 2020.
O que é História?
A
palavra história vem do grego e tem vários significados como “pesquisa” ou “não
esquecimento”. Ela foi criada por Heródoto no século V a. C. Historiador é quem
investiga os acontecimentos do passado, e ele faz isso por meio das fontes históricas,
que podem ser:
· - Documentos
oficiais;
· - Entrevistas;
· - Pinturas;
· - Objetos diversos
(ferramentas, vasos etc.).
Depois
de analisar as fontes, o historiador faz uma interpretação de como determinado
fato ocorreu. A forma como nós vemos os acontecimentos históricos mudam com o
tempo de acordo com a descoberta de novas fontes e da reinterpretação das já
conhecidas.
A importância da
História
Quando
o homem conhece a sua trajetória ao longo do tempo, ele se torna capaz de
entender o seu presente e dessa forma ser capaz de entender que diferenças não
significam inferioridade ou superioridade, contribuindo para o combate a todo e
qualquer tipo de discriminação.
A importância da
preservação
Para
que as gerações futuras tenham acesso aos vestígios do passado, é importante
que eles sejam preservados. Documentos e outros tipos de peças devem ser
guardados e conservados em arquivos e museus.
Os
prédios antigos ou cavernas também devem ser preservados, por meio do
tombamento que impede mudanças na fachada e interior dos mesmos. Existe também
o patrimônio imaterial, que podem ser danças, receitas de remédios ou
culinárias, músicas etc.
Não
é possível guardar todos os registros do passado, cada sociedade seleciona o
que acredita ser um registro que deva ser transmitido para as gerações futuras.
Essa escolha é difícil e muitas vezes equivocada.
O tempo
Nessa
longa trajetória do ser humano no planeta Terra, várias civilizações adotaram
calendários próprios. Na atualidade, a maioria dos países usa o calendário
cristão-gregoriano. Seu marco inicial é o nascimento de Cristo.
Para
os mulçumanos, por exemplo, a contagem do tempo começa com a fuga de Maomé para
Medina. No calendário cristão, essa data equivale ao ano de 622.
Referências
HISTÓRIA.
Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria
Acesso em 24 abr. 2020.A Grécia Antiga
Quem eram os gregos?
A região começou
a ser habitada por volta de 2200 a. C.. O povo aqueu foi o primeiro a chegar à
região. Eles formaram a Idade do Bronze ou Idade Micênica. O seu auge foi entre
1400 e 1200 a. C., quando expandiram seus domínios para a ilha de Creta. Porém
a decadência chegou junto com a invasão dos povos jônios e eólios. Acredita-se
que eles tenham vindo da Ásia e do norte da Europa.
Os dórios
dominavam o ferro, e por isso destruíram a civilização creto-micênica pois
possuíam melhores armas para lutarem.
Os dórios
fundaram a cidade de Lacedemônia, erroneamente chamada de Esparta. Esparta é o
nome que recebia a classe de guerreiros da cidade.
Com os
conflitos, a população acabou se dispersando pela região e a escrita que havia
sido criada, a linear-B acabou deixando de ser usada. Mesmo com o fim da
escrita, a cultura prosperou, pois é neste período que surgiram os poemas
homéricos.
A Grécia Arcaica
O solo grego
sempre foi muito pedregoso, dificultando a agricultura. Por esse motivo a produção
de alimentos era baixa e muitas pessoas eram mandadas para fora da Grécia como
o sul da Península Itálica que ganhou o nome de Magna Grécia.
No período
Arcaico os gregos começavam a aprimorar a sua marinha e iniciaram o domínio dos
mares. Outra característica que se intensificou foi o uso de mão de obra
escrava.
A cidade-estado
A cidade-estado
era a soma da área urbana com a rural. Foi nela que se desenvolveu o conceito
de cidadão. Para ser classificado como cidadão, a pessoa deveria ser do sexo
masculino, ter nascido na cidade-estado em que morava, ser exemplo de moral e
de ética, ter servido no Exército e ser filho de um cidadão. Para os gregos,
seguir a lei e a ordem era sinônimo de liberdade.
O meteco era uma
pessoa que preenchia todos os requisitos para ser cidadão, exceto ter nascido
na cidade onde morava. Mas em tempos de crise financeira, era comum
cidades-estado venderem títulos de nobreza.
Guerras entre
cidades eram comuns. Na maioria das vezes relacionadas a questões comerciais ou
disputa por maior influência na região. Para se protegerem, algumas começaram a
se unir, dando origem a Liga de Peloponeso, liderada pela Lacedemônia e a Liga
de Delos, liderada por Atenas.
Em 431 a. C.,
teve início uma das maiores guerras da região, a guerra de Peloponeso. Atenas,
que tinha uma excelente marinha, enfrentou a Lacedemônia, que tinha os
espartanos, excelentes guerreiros em terra. Em 404 a. C., os atenienses
acabaram se rendendo.
As guerras médicas
Por causa do
rico comércio que exploravam, os gregos viraram alvo dos persas, que queriam
dominá-lo. Por volta de 490 a. C., os atenienses lideraram a luta contra os
persas e mesmo tendo menos homens e equipamentos venceram o inimigo asiático.
A batalha final
foi em Maratona. Um soldado foi correndo até Atenas para dar a notícia da
vitória, num trajeto de pouco mais de 40 km. Logo após chegar ao destino
morreu. Em sua homenagem foi criada a prova de maratona nos jogos olímpicos.
Houve outra
tentativa persa de domínio da região, mas a união de atenienses e espartanos
garantiu a derrota dos invasores.
A democracia ateniense
Foi na cidade de
Atenas que surgiu a democracia. Somente os cidadãos tinham direitos de
participar. Metecos, mulheres, jovens e escravos ficavam de fora.
Milhares de
cidadãos se reuniam na Ágora para decidir os destinos da cidade. O voto era
colocado num pedaço de caco de depositado num vaso.
A participação
não era obrigatória, mas quem não ia participar de debates ou votar era visto
como um inútil. Por esse motivo as taxas de participação eram altas.
A literatura grega
O ensino não era
público. Só quem tinha dinheiro estudava. Um dos motivos era o fato de quer os
livros não eram impressos como ocorre hoje, mas copiados à mão, o que encarecia
o seu custo final. Como poucos sabiam ler e escrever, o conhecimento era
comumente transmitido de forma oral. Várias áreas do conhecimento se
desenvolveram na Grécia Antiga como a História, Geografia, Filosofia, Química,
Medicina e Teatro Ocidental.
Estátua de
Sócrates, considerado o fundador da Filosofia. Por C messier - Obra do próprio,
CC BY-SA 4.0, https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=47318427
Acesso em 24 abr. 2020.
Cultura
A religião
praticada na Grécia era politeísta. Os deuses podiam ser ao mesmo tempo bons ou
maus.
Um fato que
ainda hoje causa curiosidade é que na Grécia Antiga a bissexualidade não era
mal vista, mas a homossexualidade era.
A escravidão era
largamente utilizada na Grécia Antiga e não sofria contestações.
Olimpíadas
As atuais
olimpíadas são inspiradas nos eventos que ocorriam na Grécia Antiga. Na
Antiguidade elas também eram realizadas de 4 em 4 anos. Só que naquela época o
evento era uma homenagem aos deuses e aos mortos em guerras. Inclusive durante
a sua realizações conflitos eram paralisados para o transito dos atletas.
Os jogos da
Antiguidade eram disputados na cidade de Olímpia. A disputa começou no século
VIII a. C.. O prêmio era uma coroa de louros.
As atuais
medalhas surgiram junto com o renascimento dos jogos olímpicos em 1896. Assim
como na Antiguidade, são disputados de 4 em 4 anos, mas em cidades diferentes.
Desde então só não ocorreram jogos olímpicos em 1916, 1940 e 1944 por causa da
I e II Guerra Mundial.
Em 2016 os jogos
olímpicos foram realizados pela primeira vez realizados na América do Sul, na
cidade do Rio de Janeiro e os jogos de 2020, marcados para a cidade de Tóquio
tiveram que ser adiados para 2021 por causa da pandemia mundial de coronavírus.
Será a 1º vez que as olimpíadas modernas irão ocorrer num ano ímpar.
A conquista macedônica
Os macedônios
eram um povo que vivia ao norte do território grego. Por volta de 338 a. C.,
invadiram a Grécia sob a liderança de Felipe II. Seu filho, Alexandre o Grande,
estendeu os domínios macedônios para o Egito, Pérsia e Fenícia.
Alexandre não
destruía a cultura dos povos dominados, só cobrava impostos. Quando ele morreu,
o império foi dividido entre os principais comandantes do seu exército. Depois
as conquistas macedônias acabaram sendo perdidas para os romanos.
Referências
GRÉCIA ANTIGA.
Disponível em:
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Gr%C3%A9cia_Antiga
Acesso em 24 abr. 2020.
Roma Antiga
Roma Antiga
Os
latinos, povo que vivia da pecuária, se uniu para se defenderem de ataques de
povos vizinhos dando origem a Roma. mais especificamente em 753 a.C.
É
muito comum a história de Rômulo e Remo sobre a origem da cidade. Eles eram
irmãos, mas foram lançados no rio Tibre por Amúlio, rei usurpador que temia
perder o trono para eles. Uma loba os teria criado até alcançarem condições de
recuperarem o poder e fundar a cidade, que teve além dos latinos, os sabinos
como primeiros habitantes.
Loba
que de acordo com a lenda criou os irmãos Rômulo e Remo. Por Honza Groh (Jagro)
- Obra do próprio, CC BY-SA 3.0, https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=12632561
Acesso em 24 abr. 2020.
A monarquia
Em
seus primeiros séculos, Roma era apenas a sede de templos religiosos onde os
chefes das famílias se reuniam.
Por
volta de 600 a. C., os etruscos, povo dedicado ao comércio começou a se
estabelecer na cidade.
Eles
tomaram o poder e deram início a monarquia.
A divisão da sociedade
Patrícios:
descendentes das famílias fundadoras da cidade. Os únicos com plenos direitos
políticos.
Clientes:
prestavam serviços aos patrícios em troca de proteção.
Plebeus:
pequenos artesãos e agricultores.
Escravos:
propriedade. Eram obtidos em guerras.
O governo monárquico
Em
Roma, o rei não governava sozinho.
Havia
o Senado (dominado pelos patrícios) e a Assembleia (formada por soldados de até
45 anos).
O
cargo de rei não era hereditário. Quando ele morria o Senado escolhia um
substituto.
Em
509 a. C., os patrícios se uniram e derrubaram o rei etrusco Tarquínio o
Soberbo dando início à República.
A República
O
Senado passou a administrar Roma.
Todos
os seus membros eram patrícios.
Eles
controlavam as finanças e a política externa.
O
cargo era vitalício.
Havia
as assembléias que eram dividas em: Plebeus (votavam alguns de seus
interesses), Centuriata (decidiam sobre guerra e paz) e as das Tribos (em
algumas localidades). Assim como na Grécia, mulheres e escravos não tinham
participação.
Os plebeus
Eram
talvez a classe mais numerosa, trabalhavam, pagavam impostos e serviam ao
exército. No entanto não tinham direito a altos cargos.
Percebendo
a força que tinham, iniciaram revoltas por mais direitos, e conseguiram alguns.
Uma
delas foi o Tribunato da Plebe em 494 a. C.. Por ela, eles ganhavam o direito
de eleger um magistrado.
Outra
importante conquista foi a Lei das 12 Tábuas em 450 a. C.. A partir do momento
em que as leis passaram a ser escritas, ficou mais difícil para os plebeus
interpretá-las da forma que lhes fosse mais conveniente.
A
Lei Canunéia de 445 a. C. deu aos plebeus o direito de se casarem com patrícios
ou clientes.
Em
367 a. C. foram aprovadas as leis Licínias-Séxtias, que garantiam que um dos
cônsules tinha que ser plebeu, além do perdão de parte das dívidas dos plebeus.
Por
fim, a escravidão de plebeus por dívidas foi abolida.
Essas
medidas beneficiaram os plebeus. Alguns conseguiram até se enriquecer.
Expansão romana
Por
volta do século III a. C., os romanos começaram a dominar povos vizinhos.
Quando consolidaram o seu domínio na Península Itálica, procuraram outras
regiões para dominar.
Cartago
(região da atual Tunísia) foi uma das primeiras regiões da península a ser
atacada pelos romanos.
Foram
várias guerras até os cartagineses serem dominados pelos romanos em 146 a. C..
Essas guerras ficaram conhecidas como Guerras Púnicas.
Após
derrotar o exército de Cartago, os romanos destruíram a cidade, escravizaram os
seus habitantes e jogaram sal no solo para que nada mais prosperasse naquele
local.
Depois
conquistaram a Grécia, Macedônia e Ásia Menor.
No
século I a. C., sob o comando de Júlio César, os romanos conquistaram o Egito,
Gália e norte da África.
Com
essas conquistas, Roma aumentou muito seu poder com as pilhagens e com a
escravização de outros povos.
Porém
outros problemas surgiam. As melhores terras estavam nas mãos de patrícios.
Propostas
para uma reforma agrária começaram a surgir. Tibério Graco que era um tribuno
da plebe fez a proposta e acabou assassinado.
Depois,
seu irmão Caio Graco continuou a luta de Tibério e conseguiu algumas melhorias
para os plebeus como o pagamento dos equipamentos de quem fosse para a guerra e
o controle no preço dos cereais.
Logo
depois foi implementada a remuneração para quem entrasse no exército.
Muitos
pobres passaram a se interessar pelo exército.
Com
o aumento no número de soldados, o exército ganhou força.
Muitos
generais começaram a se destacar também na política.
Júlio
César, general romano se aliou a outros dois oficiais (Pompeu e Crasso) e tomou
o poder.
Império
Romano em 44 a.C. Compare com o mapa atual da região e veja quais países ocupam
esse mesmo território. Por Alvaro qc (discussão · contribs) - Este
ficheiro foi derivado de: Republica Romana.svg:, CC BY 2.5, https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=44320006
Acesso em 24 abr. 2020.
Mapa
da Europa atual. Disponível em: https://s30debarinciou1.blogspot.com/2011/06/mapa-de-europa-mudo.html
Acesso em 24 abr. 2020.
Júlio César
Após
a morte de Crasso, Júlio César tomou o poder e se tornou uma figura popular.
Ele
distribuiu terras aos pobres e ex-soldados.
Acabou
assassinado em 44 a. C. por seu filho Brutus.
Outro
general, Otávio substituiu Júlio César.
Em
27 a. C., ele consegue com que senado lhe dê vários títulos e amplie o seu
poder. Roma deixa de ser uma república e se torna um império.
O Império Romano
Otávio
ganhou plenos poderes. Podia propor ou rejeitar leis, convocar o senado e as
assembléias e intervir militarmente em todo o império.
Ele
recebeu o título de Otávio Augusto.
Modernizou
Roma, então com, 1 milhão de habitantes.
A
cidade ganhou monumentos, corpo de bombeiros e o cargo de prefeito.
Em
seu governo teve início a pax romana,
que durou cerca de 200 anos.
Roma
ganhou também teatros, aquedutos e estradas pavimentadas.
O
imperador Trajano expandiu as fronteiras romanas.
O
comércio se expandiu e foi criada uma moeda, o denário.
Diversão em Roma
Havia
na cidade banhos públicos (termas). Esses locais tinham piscinas, espaços para
banhos quentes ou frios, jardins, lojas e até bibliotecas.
Havia
anfiteatros, onde corridas de bigas e quadribigas, lutas de gladiadores e animais.
Coliseu
de Roma, inaugurado em 80 d.C. Era o principal local de lutas, batalhas navais
e corridas de Roma. Por Diliff - Obra do próprio, CC BY-SA 2.5, https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=2127844
Acesso em 24 abr. 2020.
Habitação
A
maioria da população morava em prédio de até 5 andares.
Já
os ricos moravam em casas sofisticadas, conhecidas como domos.
Literatura
Inicialmente
eles imitavam os gregos, depois criaram um estilo próprio com frases curtas e
diretas.
Exemplos:
“O amor tudo vence” (Virgílio), “Qualidade não é quantidade” (Sêneca), “Não
existe lugar mais delicioso que o lar” (Cícero).
Religião
Inicialmente
os romanos acreditavam que os deuses moravam em florestas ou lugares distantes.
Também
praticavam a adivinhação, através da observação do vôo dos pássaros.
Ao
entrarem em contato com os gregos, copiaram a religião deles, renomeando os
deuses com nomes latinos.
Exemplos:
Zeus (em Roma, Júpiter), Hera (em Roma Juno) e Ares (em Roma Marte).
Havia
também o culto ao próprio imperador.
Contribuições romanas
A
língua romana, o latim, deu origem a várias outras línguas como o português,
espanhol, italiano, francês e romeno.
Técnicas
de engenharia para grandes obras como prédios e estradas.
A
ideia de Direito também veio dos romanos.
O cristianismo
Os
primeiros cristãos eram perseguidos pelos romanos.
Em
391, o imperador Teodósio tornou o cristianismo a religião oficial do império.
Passou
a ocorrer o inverso. Os que continuavam acreditando no politeísmo passaram a
ser perseguidos.
A crise de Roma
Com
o fim das guerras de conquista a partir do século III, menos recursos e
escravos passaram a entrar em Roma.
A
população até então era isenta de impostos, teve que começar a pagar.
Os
povos germânicos (chamados de bárbaros) passaram a atacar as fronteiras
romanas.
Para
se defenderem dos ataques, foi necessária a contratação de mercenários.
A
insubordinação de generais se tornou comum.
Para
tentar melhorar a administração, o império foi dividido em 2 por Teodósio em
395 formando o Império Romano do Oriente com sede em Constantinopla (atual
Istambul) e o Império Romano Ocidente com sede em Roma.
A relação romanos-germânicos
Inicialmente,
os contatos eram pacíficos.
Porém,
os hunos passaram atacar os germânicos.
Para
compensar os ataques, os germânicos passaram a atacar os romanos.
Em
476, os germânicos conquistaram Roma e colocaram fim ao Império do Ocidente.
Esse
é considerado o marco final da Idade Antiga e o inicial da Idade Média.
O Império Romano do Oriente
Ele
resistiu quase mil anos após a queda do ocidente.
Sua
capital era Constantinopla.
Era
um importante centro comercial.
Eles
praticavam o cristianismo.
Por
volta de 726 o culto a imagens foi proibido. Depois de protestos, eles
voltaram.
A cisma do oriente
O patriarca
de Constantinopla começou a rejeitar as ordens do papa.
Em
1054 houve a separação que deu origem à Igreja Ortodoxa.
Poder
No
governo de Justiniano (527-565), o império se expandiu.
Ele
criou o Código Justiniano.
Reconquistou
várias terras que haviam sido perdidas para os germânicos como o norte da
África, e as penínsulas Itálica e Ibérica (onde se localiza Portugal).
Com
sua morte o império entrou em crise.
Em
1453, os otomanos dominam o império, mudam o nome da capital para Istambul e
expandem a religião mulçumana na região. Esse acontecimento marcou o início da
Idade Moderna.
Referências
ROMA
ANTIGA. Disponível em: https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Roma_Antiga
Acesso em 24 abr. 2020.
quarta-feira, 22 de abril de 2020
A Formação dos Estados Nacionais
Na Idade Média o
poder estava dividido entre os senhores feudais. Porém, com o enfraquecimento
de muitos desses senhores devido à peste e a crise agrícola e o aumento do
comércio, os reis voltaram a ganhar poder. Isso se deveu a necessidade de
centralizar o poder.
A centralização
era necessária para unificar pesos e medidas, moedas e leis para facilitar o
comércio. Além disso os senhores feudais precisavam de isenções de impostos e
de defesa militar, já que não tinham mais condições de montar exércitos poderosos.
A Igreja era
contra, pois temia perder poder. Para evitar que isso ocorresse foi
estabelecido um acordo no qual a Igreja legitimaria o poder real como sendo
manifestação divina. Em contrapartida os reis não tocariam nos privilégios da
Igreja.
Portugal foi o
primeiro Estado Nacional europeu, formado em 1139, da união de vários senhores
feudal para expulsar os mulçumanos da região. Em 1492, os católicos do restante
da Península Ibérica terminaram a expulsão e formaram a Espanha.
Primeira
bandeira de Portugal, Bandeira atual de Portugal, utilizada
desde 1910.
usada entre os anos de 1143
e 1185.
A partir do
século XII, França e Inglaterra foram gradualmente formando Estados Nacionais.
Vários povos europeus não conseguiram formar Estados Nacionais nesse período,
só o conseguindo séculos depois como o caso da Alemanha e da Itália.
Os Estados
Nacionais não são naturais. São criações artificiais onde geralmente algumas
características da população são destacadas e outras são rejeitadas. Por esse
motivo é freqüente países se separarem por questões políticas, culturais ou
étnicas. A seguir alguns critérios muito utilizados ainda nos dias de hoje para
a formação de um Estado Nacional:
· - Língua comum.
· - Cultura comum.
· - Homogeneidade
étnica.
· - Território.
Referências
PISSURNO,
Fernanda Paixão. Estados Nacionais.
Disponível em: https://www.infoescola.com/historia/estados-nacionais/
Acesso em 22 abr. 2020.
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