quinta-feira, 30 de abril de 2020


O surgimento do Dia do Trabalhador


Em 1886, operários estadunidenses se mobilizaram para conseguirem a redução da carga horária diária de trabalho de 13h para 8h. O dia marcado para os protestos foi 1º de maio. Mais de 340 mil trabalhadores pararam as suas atividades em todo o país. Em Chicago, a polícia reprimiu os protestos, resultando em 10 trabalhadores mortos, além de 1 policial. No ano seguinte, alguns dos líderes do movimento foram condenados à morte e executados na forca. Em 1890 os trabalhadores conseguiram a aprovação das 8h diárias.

Em solidariedade, em vários países da Europa começaram a ocorrer protestos em todo o 1º de maio. Em 1889 durante a realização da Segunda Internacional Socialista em Paris, ficou estabelecido que o 1º de maio seria o dia de luta dos trabalhadores. Em mais de 80 países o 1º de maio é feriado nacional. Curiosamente os EUA não é um deles.

No Brasil, os protestos no 1º de maio começaram em 1917. Para coibir os protestos, em 1925, o presidente Arthur Bernardes transformou a data em feriado. Já na Era Vargas (1930-1945) a data foi transformada em festividade. Nesta data, Getúlio Vargas anunciava novas leis de proteção ao trabalhador e reajustes no salário mínimo.

Referências

DIA DO TRABALHADOR. Disponível em:
DIA DO TRABALHADOR: SAIBA COMO SURGIU O FERIADO DO DIA 1º DE MAIO. Disponível em: http://sindpdrj.org.br/portal/v2/2014/04/30/dia-do-trabalhador-saiba-como-surgiu-o-feriado-do-dia-1o-de-maio/ Acesso em 30 abr. 2020.

sábado, 25 de abril de 2020

A Conjuração Baiana (1798)


Os baianos também tentaram se libertar do domínio português e diferente do movimento mineiro, neste havia a participação das camadas populares como:
·       Artesãos.
·       Alfaiates.
·       Libertos.
·       Escravos.
Os revoltosos queriam o fim da escravidão e a independência com relação a Portugal. Antes de entrarem em ação foram descobertos e presos. Os envolvidos foram mortos, com exceção de Cipriano Barata, um dos poucos nobres envolvidos.
Referência

FAUSTO, Boris. História do Brasil. 12. Ed., 2. Reimpr. – São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2007.

sexta-feira, 24 de abril de 2020

A Reforma Protestante


A crise na Igreja
A Igreja foi a instituição mais poderosa da Idade Média. Era a maior possuidora de bens e controlava a vida da sociedade com seus dogmas. Essa riqueza e poder atraía muitas pessoas interessadas em tirar proveito da situação. Não eram raros os casos de padres que rompiam com o celibato, a venda de indulgências ou de venda de supostas relíquias por parte dos religiosos.
Ainda no século XIV, surgiram contestações a Igreja. A primeira veio do teólogo inglês John Wyclif. Para ele era um absurdo a hierarquia da instituição, além da discordância com relação à transubstanciação (o vinho e o pão seriam o sangue e o corpo de Cristo).
Martinho Lutero
Lutero tinha origem pobre. Estudou, entrou para um mosteiro e virou professor de Teologia. Em seus estudos, começou a chegar a conclusões contrárias aos dogmas da Igreja. Ele passou a defender que apenas a fé salvaria, ao invés da ideia defendida pela Igreja de que as boas ações seriam a salvação.
Suas críticas não pararam aí. Ele questionou o celibato, a venda de indulgências, a corrupção do clero e o culto à Virgem Maria e aos santos. Como forma de protesto, em 1517 ele afixou na porta da Igreja de Wittemberg usas “95 teses”, onde fazia duras acusações contra a Igreja. Sua intenção era chamar a atenção para dessa forma acabar com as praticas abusivas. O resultado não foi o esperado. Depois dew várias discussões o papa decidiu excomungá-lo da Igreja.
Lutero já tinha vários apoiadores que protestaram contra a medida. Por esse motivo os seguidores de Lutero ganharam o nome de protestantes. Vários reinos germânicos adotaram as suas ideias fazendo surgir uma nova religião cristã.
Os protestantes se espalharam pela Europa formando o luteranismo (reinos germânicos e Escandinávia), calvinismo (suíça), anglicanismo (Inglaterra) e presbiterianismo (Escócia). Houveram vários conflitos na Europa entre católicos e protestantes no século XVI como na França onde os católicos massacraram os protestantes franceses, chamados de huguenotes.
A reação da Igreja Católica
Para conter o avanço protestante, a Igreja iniciou a contra-reforma. Entre as medidas estavam:
·       Criação do Index (lista de livros proibidos).
·       Cursos para a formação de religiosos.
·       Criação da Companhia de Jesus, para ajudar na expansão da fé católica.
·       Criação do Tribunal do Santo Ofício (inquisição).





Para saber mais
CAMARGOS, Cássio Michel dos Santos. A Igreja Católica contra o Protestantismo. In: Para entender a história... Ano 2, Volume ago., Série 09/08, 2011, p.01-25.

A China Antiga



·      Por volta de 10000 a. C., os primeiros nômades se fixaram na região.
·       Eles ocuparam as margens dos dois principais rios da região: o rio Huang-ho (rio Amarelo) e o Yang-tse-Kiang (rio Azul).
·       A partir de 3000 a. C. vários reinos se desenvolveram na região.
·       No mesmo período esses povos desenvolveram elaboradas técnicas de trabalho com cerâmica, com destaque para a porcelana.
·       Também desenvolveram técnicas de produção de seda.
·       Acredita-se também que os chineses tenham criado as pipas. Ela teria sido inventada para ser usada como arma por meio da transmissão de mensagens.
·       O papel, a pólvora, a sela, o estribo e os primeiros processos de impressão em papel também foram criados pelos chineses.
As dinastias chinesas
·       Por volta de 1750 a. C., surgiu na região a dinastia Shang.
·       Os reis dessa dinastia construíam grandes palácios e túmulos. Quando morriam, tudo que lhes pertencessem era enterrado, inclusive funcionários.
·       O imperador tinha o título de “filho do céu”, mas se ele não governasse de acordo com os costumes, poderia perder o poder.
·       Na sociedade chinesa se valorizava a família com o pai tendo total autoridade sobre os seus membros.
·       A mulher devia total submissão ao marido. Ela era vítima de uma prática cruel, o “pé de lótus”. Lótus é uma flor muito admirada na China e as mulheres tinham que ter seus pés parecidos com ela.
·       Para isso elas eram obrigadas a usar, desde a infância, bandagens nos pés que os atrofiavam, ficando pequenos e finos.
·       Com os pés pequenos e finos, a mulher perdia equilíbrio, o que deixava o homem ainda mais atraído, pois passava a impressa ode fragilidade.
·       Hoje essa prática é proibida por lei na China, mas no interior do país, ainda é possível achar vítimas dessa prática.
A dinastia Han
·       Depois de um período de guerras e crises, Shi Huangdi tornou-se o primeiro imperador a pacificar a China por volta do século III a. C.
·       Ele foi o responsável pela padronização de moeda, pesos e medidas e da escrita.
·       Foi o responsável por grandes obras como a grande muralha da China.
·       Quando morreu, foi colocado 7500 soldados de terracota em seu túmulo.
·       Com a morte de Huangdi tem início a dinastia HAn.
·       O império cresceu tanto que estabeleceu contatos comerciais com o Império Romano.
·       Os chineses mandavam seda e porcelana e recebiam objetos de vidro entre outros bens.
·       Esse comércio era feito por uma estrada de mais de 11 mil Km que ganhou o nome de Rota da Seda.
·       Ao longo do tempo o império foi se enfraquecendo até acabar em 1912.

Referências
HISTÓRIA DA CHINA. Disponível em: https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_da_China Acesso em 24 abr. 2020.

O que é História?


A palavra história vem do grego e tem vários significados como “pesquisa” ou “não esquecimento”. Ela foi criada por Heródoto no século V a. C. Historiador é quem investiga os acontecimentos do passado, e ele faz isso por meio das fontes históricas, que podem ser:
·       - Documentos oficiais;
·       - Entrevistas;
·      -  Pinturas;
·      -  Objetos diversos (ferramentas, vasos etc.).
Depois de analisar as fontes, o historiador faz uma interpretação de como determinado fato ocorreu. A forma como nós vemos os acontecimentos históricos mudam com o tempo de acordo com a descoberta de novas fontes e da reinterpretação das já conhecidas.
A importância da História
Quando o homem conhece a sua trajetória ao longo do tempo, ele se torna capaz de entender o seu presente e dessa forma ser capaz de entender que diferenças não significam inferioridade ou superioridade, contribuindo para o combate a todo e qualquer tipo de discriminação.
A importância da preservação
Para que as gerações futuras tenham acesso aos vestígios do passado, é importante que eles sejam preservados. Documentos e outros tipos de peças devem ser guardados e conservados em arquivos e museus.
Os prédios antigos ou cavernas também devem ser preservados, por meio do tombamento que impede mudanças na fachada e interior dos mesmos. Existe também o patrimônio imaterial, que podem ser danças, receitas de remédios ou culinárias, músicas etc.
Não é possível guardar todos os registros do passado, cada sociedade seleciona o que acredita ser um registro que deva ser transmitido para as gerações futuras. Essa escolha é difícil e muitas vezes equivocada.
O tempo
Nessa longa trajetória do ser humano no planeta Terra, várias civilizações adotaram calendários próprios. Na atualidade, a maioria dos países usa o calendário cristão-gregoriano. Seu marco inicial é o nascimento de Cristo.
Para os mulçumanos, por exemplo, a contagem do tempo começa com a fuga de Maomé para Medina. No calendário cristão, essa data equivale ao ano de 622.


Referências
HISTÓRIA. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria Acesso em 24 abr. 2020.

A Grécia Antiga


Quem eram os gregos?
A região começou a ser habitada por volta de 2200 a. C.. O povo aqueu foi o primeiro a chegar à região. Eles formaram a Idade do Bronze ou Idade Micênica. O seu auge foi entre 1400 e 1200 a. C., quando expandiram seus domínios para a ilha de Creta. Porém a decadência chegou junto com a invasão dos povos jônios e eólios. Acredita-se que eles tenham vindo da Ásia e do norte da Europa.
Os dórios dominavam o ferro, e por isso destruíram a civilização creto-micênica pois possuíam melhores armas para lutarem.
Os dórios fundaram a cidade de Lacedemônia, erroneamente chamada de Esparta. Esparta é o nome que recebia a classe de guerreiros da cidade.
Com os conflitos, a população acabou se dispersando pela região e a escrita que havia sido criada, a linear-B acabou deixando de ser usada. Mesmo com o fim da escrita, a cultura prosperou, pois é neste período que surgiram os poemas homéricos.
A Grécia Arcaica
O solo grego sempre foi muito pedregoso, dificultando a agricultura. Por esse motivo a produção de alimentos era baixa e muitas pessoas eram mandadas para fora da Grécia como o sul da Península Itálica que ganhou o nome de Magna Grécia.
No período Arcaico os gregos começavam a aprimorar a sua marinha e iniciaram o domínio dos mares. Outra característica que se intensificou foi o uso de mão de obra escrava.
A cidade-estado
A cidade-estado era a soma da área urbana com a rural. Foi nela que se desenvolveu o conceito de cidadão. Para ser classificado como cidadão, a pessoa deveria ser do sexo masculino, ter nascido na cidade-estado em que morava, ser exemplo de moral e de ética, ter servido no Exército e ser filho de um cidadão. Para os gregos, seguir a lei e a ordem era sinônimo de liberdade.
O meteco era uma pessoa que preenchia todos os requisitos para ser cidadão, exceto ter nascido na cidade onde morava. Mas em tempos de crise financeira, era comum cidades-estado venderem títulos de nobreza.
Guerras entre cidades eram comuns. Na maioria das vezes relacionadas a questões comerciais ou disputa por maior influência na região. Para se protegerem, algumas começaram a se unir, dando origem a Liga de Peloponeso, liderada pela Lacedemônia e a Liga de Delos, liderada por Atenas.
Em 431 a. C., teve início uma das maiores guerras da região, a guerra de Peloponeso. Atenas, que tinha uma excelente marinha, enfrentou a Lacedemônia, que tinha os espartanos, excelentes guerreiros em terra. Em 404 a. C., os atenienses acabaram se rendendo.
As guerras médicas
Por causa do rico comércio que exploravam, os gregos viraram alvo dos persas, que queriam dominá-lo. Por volta de 490 a. C., os atenienses lideraram a luta contra os persas e mesmo tendo menos homens e equipamentos venceram o inimigo asiático.
A batalha final foi em Maratona. Um soldado foi correndo até Atenas para dar a notícia da vitória, num trajeto de pouco mais de 40 km. Logo após chegar ao destino morreu. Em sua homenagem foi criada a prova de maratona nos jogos olímpicos.
Houve outra tentativa persa de domínio da região, mas a união de atenienses e espartanos garantiu a derrota dos invasores.
A democracia ateniense
Foi na cidade de Atenas que surgiu a democracia. Somente os cidadãos tinham direitos de participar. Metecos, mulheres, jovens e escravos ficavam de fora.
Milhares de cidadãos se reuniam na Ágora para decidir os destinos da cidade. O voto era colocado num pedaço de caco de depositado num vaso.
A participação não era obrigatória, mas quem não ia participar de debates ou votar era visto como um inútil. Por esse motivo as taxas de participação eram altas.
A literatura grega
O ensino não era público. Só quem tinha dinheiro estudava. Um dos motivos era o fato de quer os livros não eram impressos como ocorre hoje, mas copiados à mão, o que encarecia o seu custo final. Como poucos sabiam ler e escrever, o conhecimento era comumente transmitido de forma oral. Várias áreas do conhecimento se desenvolveram na Grécia Antiga como a História, Geografia, Filosofia, Química, Medicina e Teatro Ocidental.
Estátua de Sócrates, considerado o fundador da Filosofia. Por C messier - Obra do próprio, CC BY-SA 4.0, https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=47318427 Acesso em 24 abr. 2020.
Cultura
A religião praticada na Grécia era politeísta. Os deuses podiam ser ao mesmo tempo bons ou maus.
Um fato que ainda hoje causa curiosidade é que na Grécia Antiga a bissexualidade não era mal vista, mas a homossexualidade era.
A escravidão era largamente utilizada na Grécia Antiga e não sofria contestações.
Olimpíadas
As atuais olimpíadas são inspiradas nos eventos que ocorriam na Grécia Antiga. Na Antiguidade elas também eram realizadas de 4 em 4 anos. Só que naquela época o evento era uma homenagem aos deuses e aos mortos em guerras. Inclusive durante a sua realizações conflitos eram paralisados para o transito dos atletas.
Os jogos da Antiguidade eram disputados na cidade de Olímpia. A disputa começou no século VIII a. C.. O prêmio era uma coroa de louros.
As atuais medalhas surgiram junto com o renascimento dos jogos olímpicos em 1896. Assim como na Antiguidade, são disputados de 4 em 4 anos, mas em cidades diferentes. Desde então só não ocorreram jogos olímpicos em 1916, 1940 e 1944 por causa da I e II Guerra Mundial.
Em 2016 os jogos olímpicos foram realizados pela primeira vez realizados na América do Sul, na cidade do Rio de Janeiro e os jogos de 2020, marcados para a cidade de Tóquio tiveram que ser adiados para 2021 por causa da pandemia mundial de coronavírus. Será a 1º vez que as olimpíadas modernas irão ocorrer num ano ímpar.
A conquista macedônica
Os macedônios eram um povo que vivia ao norte do território grego. Por volta de 338 a. C., invadiram a Grécia sob a liderança de Felipe II. Seu filho, Alexandre o Grande, estendeu os domínios macedônios para o Egito, Pérsia e Fenícia.
Alexandre não destruía a cultura dos povos dominados, só cobrava impostos. Quando ele morreu, o império foi dividido entre os principais comandantes do seu exército. Depois as conquistas macedônias acabaram sendo perdidas para os romanos.

Referências
GRÉCIA ANTIGA. Disponível em:



Roma Antiga


Roma Antiga

Os latinos, povo que vivia da pecuária, se uniu para se defenderem de ataques de povos vizinhos dando origem a Roma. mais especificamente em 753 a.C.
É muito comum a história de Rômulo e Remo sobre a origem da cidade. Eles eram irmãos, mas foram lançados no rio Tibre por Amúlio, rei usurpador que temia perder o trono para eles. Uma loba os teria criado até alcançarem condições de recuperarem o poder e fundar a cidade, que teve além dos latinos, os sabinos como primeiros habitantes.
Loba que de acordo com a lenda criou os irmãos Rômulo e Remo. Por Honza Groh (Jagro) - Obra do próprio, CC BY-SA 3.0, https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=12632561 Acesso em 24 abr. 2020.

A monarquia
Em seus primeiros séculos, Roma era apenas a sede de templos religiosos onde os chefes das famílias se reuniam.
Por volta de 600 a. C., os etruscos, povo dedicado ao comércio começou a se estabelecer na cidade.
Eles tomaram o poder e deram início a monarquia.
A divisão da sociedade
Patrícios: descendentes das famílias fundadoras da cidade. Os únicos com plenos direitos políticos.
Clientes: prestavam serviços aos patrícios em troca de proteção.
Plebeus: pequenos artesãos e agricultores.
Escravos: propriedade. Eram obtidos em guerras.
O governo monárquico
Em Roma, o rei não governava sozinho.
Havia o Senado (dominado pelos patrícios) e a Assembleia (formada por soldados de até 45 anos).
O cargo de rei não era hereditário. Quando ele morria o Senado escolhia um substituto.
Em 509 a. C., os patrícios se uniram e derrubaram o rei etrusco Tarquínio o Soberbo dando início à República.
A República
O Senado passou a administrar Roma.
Todos os seus membros eram patrícios.
Eles controlavam as finanças e a política externa.
O cargo era vitalício.
Havia as assembléias que eram dividas em: Plebeus (votavam alguns de seus interesses), Centuriata (decidiam sobre guerra e paz) e as das Tribos (em algumas localidades). Assim como na Grécia, mulheres e escravos não tinham participação.
Os plebeus
Eram talvez a classe mais numerosa, trabalhavam, pagavam impostos e serviam ao exército. No entanto não tinham direito a altos cargos.
Percebendo a força que tinham, iniciaram revoltas por mais direitos, e conseguiram alguns.
Uma delas foi o Tribunato da Plebe em 494 a. C.. Por ela, eles ganhavam o direito de eleger um magistrado.
Outra importante conquista foi a Lei das 12 Tábuas em 450 a. C.. A partir do momento em que as leis passaram a ser escritas, ficou mais difícil para os plebeus interpretá-las da forma que lhes fosse mais conveniente.
A Lei Canunéia de 445 a. C. deu aos plebeus o direito de se casarem com patrícios ou clientes.
Em 367 a. C. foram aprovadas as leis Licínias-Séxtias, que garantiam que um dos cônsules tinha que ser plebeu, além do perdão de parte das dívidas dos plebeus.
Por fim, a escravidão de plebeus por dívidas foi abolida.
Essas medidas beneficiaram os plebeus. Alguns conseguiram até se enriquecer.
Expansão romana
Por volta do século III a. C., os romanos começaram a dominar povos vizinhos. Quando consolidaram o seu domínio na Península Itálica, procuraram outras regiões para dominar.
Cartago (região da atual Tunísia) foi uma das primeiras regiões da península a ser atacada pelos romanos.
Foram várias guerras até os cartagineses serem dominados pelos romanos em 146 a. C.. Essas guerras ficaram conhecidas como Guerras Púnicas.
Após derrotar o exército de Cartago, os romanos destruíram a cidade, escravizaram os seus habitantes e jogaram sal no solo para que nada mais prosperasse naquele local.
Depois conquistaram a Grécia, Macedônia e Ásia Menor.
No século I a. C., sob o comando de Júlio César, os romanos conquistaram o Egito, Gália e norte da África.
Com essas conquistas, Roma aumentou muito seu poder com as pilhagens e com a escravização de outros povos.
Porém outros problemas surgiam. As melhores terras estavam nas mãos de patrícios.
Propostas para uma reforma agrária começaram a surgir. Tibério Graco que era um tribuno da plebe fez a proposta e acabou assassinado.
Depois, seu irmão Caio Graco continuou a luta de Tibério e conseguiu algumas melhorias para os plebeus como o pagamento dos equipamentos de quem fosse para a guerra e o controle no preço dos cereais.
Logo depois foi implementada a remuneração para quem entrasse no exército.
Muitos pobres passaram a se interessar pelo exército.
Com o aumento no número de soldados, o exército ganhou força.
Muitos generais começaram a se destacar também na política.
Júlio César, general romano se aliou a outros dois oficiais (Pompeu e Crasso) e tomou o poder.
Império Romano em 44 a.C. Compare com o mapa atual da região e veja quais países ocupam esse mesmo território. Por Alvaro qc (discussão · contribs) - Este ficheiro foi derivado de:  Republica Romana.svg:, CC BY 2.5, https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=44320006 Acesso em 24 abr. 2020.

Mapa da Europa atual. Disponível em: https://s30debarinciou1.blogspot.com/2011/06/mapa-de-europa-mudo.html Acesso em 24 abr. 2020.


Júlio César
Após a morte de Crasso, Júlio César tomou o poder e se tornou uma figura popular.
Ele distribuiu terras aos pobres e ex-soldados.
Acabou assassinado em 44 a. C. por seu filho Brutus.
Outro general, Otávio substituiu Júlio César.
Em 27 a. C., ele consegue com que senado lhe dê vários títulos e amplie o seu poder. Roma deixa de ser uma república e se torna um império.
O Império Romano
Otávio ganhou plenos poderes. Podia propor ou rejeitar leis, convocar o senado e as assembléias e intervir militarmente em todo o império.
Ele recebeu o título de Otávio Augusto.
Modernizou Roma, então com, 1 milhão de habitantes.
A cidade ganhou monumentos, corpo de bombeiros e o cargo de prefeito.
Em seu governo teve início a pax romana, que durou cerca de 200 anos.
Roma ganhou também teatros, aquedutos e estradas pavimentadas.
O imperador Trajano expandiu as fronteiras romanas.
O comércio se expandiu e foi criada uma moeda, o denário.
Diversão em Roma
Havia na cidade banhos públicos (termas). Esses locais tinham piscinas, espaços para banhos quentes ou frios, jardins, lojas e até bibliotecas.
Havia anfiteatros, onde corridas de bigas e quadribigas, lutas de gladiadores e animais.
Coliseu de Roma, inaugurado em 80 d.C. Era o principal local de lutas, batalhas navais e corridas de Roma. Por Diliff - Obra do próprio, CC BY-SA 2.5, https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=2127844 Acesso em 24 abr. 2020.

Habitação
A maioria da população morava em prédio de até 5 andares.
Já os ricos moravam em casas sofisticadas, conhecidas como domos.
Literatura
Inicialmente eles imitavam os gregos, depois criaram um estilo próprio com frases curtas e diretas.
Exemplos: “O amor tudo vence” (Virgílio), “Qualidade não é quantidade” (Sêneca), “Não existe lugar mais delicioso que o lar” (Cícero).
Religião
Inicialmente os romanos acreditavam que os deuses moravam em florestas ou lugares distantes.
Também praticavam a adivinhação, através da observação do vôo dos pássaros.
Ao entrarem em contato com os gregos, copiaram a religião deles, renomeando os deuses com nomes latinos.
Exemplos: Zeus (em Roma, Júpiter), Hera (em Roma Juno) e Ares (em Roma Marte).
Havia também o culto ao próprio imperador.
Contribuições romanas
A língua romana, o latim, deu origem a várias outras línguas como o português, espanhol, italiano, francês e romeno.
Técnicas de engenharia para grandes obras como prédios e estradas.
A ideia de Direito também veio dos romanos.
O cristianismo
Os primeiros cristãos eram perseguidos pelos romanos.
Em 391, o imperador Teodósio tornou o cristianismo a religião oficial do império.
Passou a ocorrer o inverso. Os que continuavam acreditando no politeísmo passaram a ser perseguidos.
A crise de Roma
Com o fim das guerras de conquista a partir do século III, menos recursos e escravos passaram a entrar em Roma.
A população até então era isenta de impostos, teve que começar a pagar.
Os povos germânicos (chamados de bárbaros) passaram a atacar as fronteiras romanas.
Para se defenderem dos ataques, foi necessária a contratação de mercenários.
A insubordinação de generais se tornou comum.
Para tentar melhorar a administração, o império foi dividido em 2 por Teodósio em 395 formando o Império Romano do Oriente com sede em Constantinopla (atual Istambul) e o Império Romano Ocidente com sede em Roma.
A relação romanos-germânicos
Inicialmente, os contatos eram pacíficos.
Porém, os hunos passaram atacar os germânicos.
Para compensar os ataques, os germânicos passaram a atacar os romanos.
Em 476, os germânicos conquistaram Roma e colocaram fim ao Império do Ocidente.
Esse é considerado o marco final da Idade Antiga e o inicial da Idade Média.
O Império Romano do Oriente
Ele resistiu quase mil anos após a queda do ocidente.
Sua capital era Constantinopla.
Era um importante centro comercial.
Eles praticavam o cristianismo.
Por volta de 726 o culto a imagens foi proibido. Depois de protestos, eles voltaram.
A cisma do oriente
O patriarca de Constantinopla começou a rejeitar as ordens do papa.
Em 1054 houve a separação que deu origem à Igreja Ortodoxa.
Poder
No governo de Justiniano (527-565), o império se expandiu.
Ele criou o Código Justiniano.
Reconquistou várias terras que haviam sido perdidas para os germânicos como o norte da África, e as penínsulas Itálica e Ibérica (onde se localiza Portugal).
Com sua morte o império entrou em crise.
Em 1453, os otomanos dominam o império, mudam o nome da capital para Istambul e expandem a religião mulçumana na região. Esse acontecimento marcou o início da Idade Moderna.


Referências
ROMA ANTIGA. Disponível em: https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Roma_Antiga Acesso em 24 abr. 2020.

quarta-feira, 22 de abril de 2020

A Formação dos Estados Nacionais


Na Idade Média o poder estava dividido entre os senhores feudais. Porém, com o enfraquecimento de muitos desses senhores devido à peste e a crise agrícola e o aumento do comércio, os reis voltaram a ganhar poder. Isso se deveu a necessidade de centralizar o poder.
A centralização era necessária para unificar pesos e medidas, moedas e leis para facilitar o comércio. Além disso os senhores feudais precisavam de isenções de impostos e de defesa militar, já que não tinham mais condições de montar exércitos poderosos.
A Igreja era contra, pois temia perder poder. Para evitar que isso ocorresse foi estabelecido um acordo no qual a Igreja legitimaria o poder real como sendo manifestação divina. Em contrapartida os reis não tocariam nos privilégios da Igreja.
Portugal foi o primeiro Estado Nacional europeu, formado em 1139, da união de vários senhores feudal para expulsar os mulçumanos da região. Em 1492, os católicos do restante da Península Ibérica terminaram a expulsão e formaram a Espanha.

   
Primeira bandeira de Portugal,          Bandeira atual de Portugal, utilizada desde 1910.

 usada entre os anos de 1143
e 1185.


A partir do século XII, França e Inglaterra foram gradualmente formando Estados Nacionais. Vários povos europeus não conseguiram formar Estados Nacionais nesse período, só o conseguindo séculos depois como o caso da Alemanha e da Itália.
Os Estados Nacionais não são naturais. São criações artificiais onde geralmente algumas características da população são destacadas e outras são rejeitadas. Por esse motivo é freqüente países se separarem por questões políticas, culturais ou étnicas. A seguir alguns critérios muito utilizados ainda nos dias de hoje para a formação de um Estado Nacional:
·       - Língua comum.
·       - Cultura comum.
·      -  Homogeneidade étnica.
·       - Território.

Referências

PISSURNO, Fernanda Paixão. Estados Nacionais. 
Disponível em: https://www.infoescola.com/historia/estados-nacionais/ Acesso em 22 abr. 2020.



Lá vem o papo de "Minirreforma trabalhista"

  Após a derrota da proposta do governo federal de uma minirreforma trabalhista, que sob o pretexto de criar empregos, pretendia acabar com ...