terça-feira, 30 de março de 2021

Volta às aulas em plena pandemia. Mais um capítulo da cruzada de ódio contra os professores

 Alguns políticos de direita defendem que a volta às aulas tem que ocorrer mesmo sem a vacinação dos professores, de que a saúde mental das crianças e adolescentes estaria comprometidas entre outras alegações. Na verdade, além de atenderem ao desejo de empresas privadas do setor educacional, essa pressão faz parte de um projeto maior de obscurantismo e ódio aos professores.

 

O início deste projeto é o Escola Sem Partido, fundado por Miguel Nagib e que incentiva o ódio aos professores como forma de intimidação. Os apoiadores da iniciativa, alegam que os estudantes, principalmente de escolas públicas, seriam vítimas de “doutrinação política” e “ideologia de gênero”. Na verdade o que os incomodam é a luta contra o racismo, o debate crítico sobre diferentes formas de pensar, diferentes práticas religiosas, o preconceito contra homossexuais e a desigualdade de gênero. Eles desejam uma visão única, mantedora do status quo da desigualdade social, onde negros e mulheres, embora maioria fiquem subjugados e um monopólio do cristianismo nas escolas. Agora alegam se preocuparem com as condições de saúde das crianças na pandemia, parece que não pensavam nisso até pouco tempo atrás, já que Educação Sexual para eles deveria ser ensinada pela família, justamente o local onde acontecem muitos abusos contra crianças e adolescentes. Além disso, membros deste movimento militam contra a educação pública, como a deputada Bia Kicis, uma das poucas a votarem contra o novo FUNDEB.

 

Os professores, que já estão trabalhando à distância, agora tem que aguentar serem taxados de “vagabundos” por esse mesmo grupo que apoia o presidente da república, possivelmente o maior responsável pela onda obscurantista e por um alto número de mortes por COVID que o país atravessa.

quinta-feira, 25 de março de 2021

Sobre os 300 mil mortos pelo bolsovírus

 Para quem ainda não entendeu a gravidade da situação que estamos vivendo, dos 853 municípios de MG, apenas 9 tem mais de 300 mil habitantes. Se fosse feito ao mesmo tempo um cortejo em homenagem as vítimas daria uma fila de BH a SP pela Fernão Dias. Na Guerra do Paraguai, guerra onde mais morreram brasileiros o número foi entre 60 e 100 mil. Em quase 40 anos de casos de HIV morreram cerca de 240 mil brasileiros. 300 mil é 1 vez e meia o maior público da história do futebol, o Brasil X Uruguai na final da Copa de 1950. Nenhum protesto em BH reuniu 300 mil pessoas e pouquíssimos na história do Brasil conseguiram isso. Pelo segundo ano a Covid é a maior causa de morte de brasileiros, superando assassinatos, acidentes de trânsito e câncer. Se você ainda não acordou, sinto muito, mas você é um lixo humano.

terça-feira, 23 de março de 2021

PREPAREM-SE PARA OS (DES)EMPREGOS DO FUTURO!

 Reinvente, empreenda, seja inovador, saia da zona de conforto, pense fora da caixa, aprenda a aprender, etc. Todas expressões que podem sair tanto da boca de um coach que fracassou em tudo que fez na vida e que agora quer te ensinar o caminho para o pote de ouro, como de um trader picareta de Instagram ou empresário que herdou de papai uma empresa. Ou pior, de uma pessoa de classe humilde que repete tudo que recebe no zap zap ou vê no Facebook sem pensar direito. Porém, a grande verdade é que nenhuma dessas supostas habilidades vão de servir para entrar ou se manter no mercado de trabalho num futuro próximo.

Vivemos um época em que o neoliberalismo vem sugando as nossas últimas gotas de sangue. Para piorar a pandemia ajuda no processo de exploração e empobrecimento dos trabalhadores. Os ricos vem ficando mais ricos e os pobres mais pobres. Com a desculpa de se gerar empregos, direitos básicos vem sendo retirados dos trabalhadores não só no Brasil. E o resultado advinha: milhões continuam desempregados, quem está empregado ganha menos e os empresários aumentaram suas margens de lucro. Com a precarização que veio com aplicativos como Uber e o Ifood, onde o "trabalhador-empreendedor" tem jornadas de trabalho de 12 horas de trabalho por dia 6 ou mesmo 7 dias por semana para ganhar o mínimo para sobreviver a vida vem se tornando cada vez mais sofrida e estressante. E o pior é que muitos desses empregos precários podem desaparecer nos próximos anos. Basta imaginar nos carros autônomos. Com eles, motoristas de aplicativos vão ser dispensáveis.

É necessário acabar com essas falácias sobre empreendedorismo que iludem os trabalhadores e se criar uma rede de proteção para a maioria da população. Basicamente nos próximos anos qualquer emprego poderá ser eliminado por algoritmos, e diferente do que alguns pensam não apenas empregos de baixa qualificação. Basta ver o setor bancário, que emprega pessoas com alto nível de instrução e que a cada ano vem demitindo mais do que contratando, mesmo com o aumento dos ganhos...

O caminho penso, pode ser a adoção de um Estatuto do Trabalho, que garanta que algumas funções JAMAIS sejam substituídas por máquinas, com vistas a garantir empregos. Agora, funções que pagam baixos salários e que colocam vidas em risco como trabalhos na mineração, agricultura, setor siderúrgico entre outros podem muito bem ser feitos por robôs. Para os que sofrerem com o desemprego estrutural (afinal ninguém é obrigado a viver numa eterna mudança de profissão) poderia ser criado um programa de renda mínima. O dinheiro viria da taxação de grandes fortunas.

Para os advogados de ricos de plantão, é bom lembrar que vários países DESENVOLVIDOS como Suécia, Dinamarca, França, Alemanha e Japão taxam ou já taxaram grandes fortunas. E nem por isso houve uma "fuga de ricos" destes países. Até países em desenvolvimento como Argentina, Colômbia e Uruguai taxam grandes fortunas. Por que isso não poderia ocorrer aqui? Sabemos a resposta, nossa elite até hoje tem mentalidade escravista. Quer viver num luxo de realeza às custas do suor do trabalhador. Eles não ficam satisfeitos em ter dinheiro. Querem ter dinheiro e querem que os trabalhadores não tenham quase nada. Somente o mínimo para sobreviver. E o pior é que nossa classe média pensa de forma parecida, embora também seja CLASSE TRABALHADORA.

quinta-feira, 11 de março de 2021

Qual a necessidade de Tábata Amaral?

Eleita reforçando ser uma figura que veio de baixo (o que não é mentira) e venceu na vida e que queria, por meio da educação, garantir o mesmo a milhões de jovens, Tábata Amaral foi eleita deputada federal em 2018 pelo PDT, ou seja num partido de centro-esquerda e defendendo uma pauta de centro esquerda. No entanto, sua atuação como deputada federal não é muito coerente com o partido a qual pertence, e olha  que o PDT é uma centro esquerda quase centro...

 Bem, logo nos primeiros meses do seu mandato, Tábata votou a favor da Reforma da  Previdência, que obriga milhões de pessoas de baixa renda a trabalharem por mais  tempo, para receberem um aposentadoria menor (se é que vão receber alguma). Mesmo tendo origem humilde. Também votou a favor da autonomia do Banco Central, órgão  do governo federal que decide por exemplo a taxa de juros, que afeta a vida de  todos os brasileiros, além de regras que bancos devem seguir. Com isso, ela e  os outros deputados que votaram favoravelmente a medida simplesmente entregaram a chave do galinheiro para raposas do setor financeiro já que os próximos  presidentes da república não vão conseguir indicar representantes de sua confiança para o órgão.

 Ficou meio que em cima do muro em relação a um caso de aborto permitido por lei de uma criança de 11 anos estuprada no Espírito Santo. Sempre que é questionada se faz de vítima e diz ser vítima de machismo. Creio que os mais de 200.000 eleitores que votaram em você foram vítimas do seu oportunismo.

 E para fechar, é sempre bom lembrar que ela é uma cria do RENOVABR, que para quem não sabe é uma escolinha de novos políticos financiada por milionários. Entenderam o porque de ela votar em medidas que favorecem aos mais ricos? E aí, será que Tábata é uma aliada? Será que é necessária? Se formos analisar, a Professora Dorinha, deputada pelo DEM de Tocantins, partido de direita, faz tanto quanto ela pela educação. Ao longo de anos ela  batalha não só por mais verbas para educação como também pela proteção e valorização dos professores. É duro ter que constatar, que apesar de ter votado pelo impeachment de Dilma,  Reforma Trabalhista e Reforma da Previdência, votou contra a PEC do Teto. Ou seja, fica  elas por elas.


terça-feira, 9 de março de 2021

Lula e Bolsonaro são extremos e por isso iguais?

 Essa desonestidade muito comum por parte de políticos do PSDB e DEM que querem viabilizar um candidato deles e endossada por parte do empresariado e jornalistas do Grupo Globo, Folha de São Paulo entre outros veículos de imprensa voltou com tudo com a anulação das condenações de Lula por Édson Facchin do STF. É bom lembrar que Lula não está 100% salvo, mas para essa turma o desespero é evidente.

Bolsonaro de fato é extrema, extrema direita aliás. Despreza a vida, flerta com o racismo e o machismo e apoia um projeto ultraliberal que aumenta a desigualdade. Esta última parte inclusive fez com que ele tivesse apoio de vários destes empresários e jornalistas que hoje fingem não ter nada haver com ele. Já Lula, passou longe de ser um radical de esquerda. Os pobres ganharam com ele? Sim, mas os ricos também. Sequer uma reforma agrária Lula fez. Quem dera que ele fosse tão radical quanto alguns dizem...

Para quem ainda acredita nisso, vou me inspirar em uma simples comparação feita pelo filósofo Glauco Ataíde: Se os extremos são iguais, tanto faz ir em Jericoacoara (uma das melhores praias do Brasil) ou em Paranaguá (a pior). Ou então tanto faz beber Ciroc cuja a garrafa é quase R$ 200,00 e Kislla que custa R$ 9,99. E poderia fazer outras comparações igualmente bizarras sobre isso.


Lá vem o papo de "Minirreforma trabalhista"

  Após a derrota da proposta do governo federal de uma minirreforma trabalhista, que sob o pretexto de criar empregos, pretendia acabar com ...