sexta-feira, 5 de junho de 2020

Resumo do livro "A privataria tucana" de Amaury Ribeiro Júnior


Ribeiro Junior, Amaury A privataria tucana. São Paulo : Geração Editorial, 2011. (Coleção história agora ; v. 5)
Nota do Editor
- Explicação de que a pesquisa durou mais de 10 anos e conta com fontes sólidas, inclusive algumas conseguidas em cartórios sobre o brutal processo de privatização de empresas estatais.
1 – A história antes da história
- Relata o atentado que sofreu em Cidade Ocidental – GO por investigar os assassinatos de adolescentes cometido pelo tráfico de drogas. Entre os envolvidos estava o sobrinho da prefeita da cidade.
- A investigação, que após o atentado deve repercussão internacional, fez com que ele fosse transferido do Correio Brasiliense para o Estado de Minas, onde começou a trabalhar com política.
2 – Briga de foice no PSDB
- Após de recuperar dos ferimentos e da depressão, assumiu sua vaga no Estado de Minas e foi incumbido de investigar a espionagem que Aécio estava sendo vítima a mando de José Serra, interessado em rifar sua potencial candidatura à presidência com a ajuda de Marcelo Itagiba.
- Serra teria começado com a prática da espionagem quando ainda era ministro da Saúde. A ideia era investigar laboratórios acusados de fraudar genéricos.
- Daí teria surgido no jornalista o desejo de investigar com mais afinco as privatizações.
- Analisando documentação disponível em cartório, encontrou uma série de offshores nas Ilhas Virgens Britânicas responsáveis por lavar dinheiro, sendo várias ligadas a José Serra, sua filha Verônica e seu genro Alexandre Bourgueois.
3 – Com o martelo na mão e uma ideia na cabeça
- O início do programa de desestatização de FHC foi em 1995 com a venda da Excelsa, que fazia parte da Eletrobrás.
- FHC disse em entrevista que Serra foi um dos grandes incentivadores das privatizações.
- No segundo mandato de FHC havia o plano de privatização de Furnas, BB, Caixa e da joia da coroa: a Petrobrás.
- “Independentemente do juízo que cada um possa fazer sobre a eficácia ou ineficácia do Estado ao gerir os bens públicos, ninguém precisa ser um inimigo do mercado para perceber que o modelo de privatização que assolou o Brasil nos anos FHC não foi, para ser leniente, o mais adequado aos interesses do país e do seu povo. Nem mesmo a Nossa Senhora Aparecida do fundamentalismo neoliberal, a primeiraministra britânica Margaret Thatcher, teve o atrevimento de fazer o que foi feito na desestatização à brasileira. Nos anos 1980, Thatcher levou ao martelo as estatais inglesas, pulverizando suas ações e multiplicando o número de acionistas. Contrapondo se a essa “democratização”, o jeito tucano de torrar estatais envolveu “doação de empresas estatais, a preços baixos, a poucos grupos empresariais””. (37-38)
- Houve intensa campanha da mídia contra o Estado para convencer o público da necessidade de privatizar as empresas públicas, o que diga de passagem funcionou muito bem.
- “O torratorra das estatais não capitalizou o Estado, ao contrário, as dívidas interna e externa aumentaram, porque o governo engoliu o débito das estatais leiloadas — para tornálas mais palatáveis aos compradores — e ainda as multinacionais não trouxeram capital próprio para o Brasil. Em vez disso, contraíram empréstimos no exterior e, assim, fizeram crescer a dívida externa. Para agravar o quadro, os cofres nacionais financiaram a aquisição das estatais e aceitaram moedas podres, títulos públicos adquiridos por metade do valor de face, na negociação.” (38)
- “Na privatização da Ferrovia Paulista S.A. (Fepasa), o governo de São Paulo, sob o PSDB de Mário Covas, demitiu dez mil funcionários e assumiu a responsabilidade pelos 50 mil aposentados da ferrovia! No Rio, o também tucano Marcelo Alencar realizou proeza maior: vendeu o Banerj para o Itaú por R$ 330 milhões, mas antes da privatização demitiu 6,2 mil dos 12 mil funcionários do banco estadual. Como precisava pagar indenizações, aposentadorias e o plano de pensões dos servidores, pegou um empréstimo de R$ 3,3 bilhões, ou seja, dez vezes superior ao que apurou no leilão. Na verdade, 20 vezes superior, porque o Rio só recebeu R$ 165 milhões, isto porque aceitou moedas podres, com metade do valor de face.” (39)
- “A temporada de bondades com dinheiro público ultrapassou os preços baixos, os financiamentos, as prestações em 12 anos e as moedas podres. Nos anos que antecederam a transferência das estatais para o controle privado, suas tarifas sofreram uma sequência de reajustes para que as empresas privatizadas não tivessem “de enfrentar o risco de protesto e indignação do consumidor”. No caso das tarifas telefônicas, aumentos de até 500% a partir de 1995 e, no caso da energia elétrica, de 150%. Tais custos ficaram com o Estado e o cidadão. Mas a cereja do bolo foram os empréstimos do BNDES. Quem adquiria uma estatal imediatamente se habilitava a contratar financiamentos oficiais com juros abaixo dos patamares do mercado.” (39)
- “O resultado de tudo isso é que, em dezembro de 1998, quando já haviam sido leiloadas grandes empresas como a Vale, Embraer, Usiminas, Copesul, CSN, Light, Acesita e as ferrovias, havia um descompasso entre expectativa e realidade. Enquanto o governo FHC afirmava ter arrecadado R$ 85,2 bilhões no processo, o jornalista econômico Aloysio Biondi publicava no seu bestseller O Brasil Privatizado que o país pagara para vender suas estatais. Este pagamento atingira R$ 87,6 bilhões, portanto R$ 2,4 bilhões a mais do que recebera. Reunindo sete itens que conseguiu calcular — vendas a prazo com dinheiro já contabilizado, mas fora dos cofres públicos; dívidas absorvidas; juros de 15% sobre dívidas assumidas; investimento nas estatais antes do leilão; juros sobre tais investimentos; uso de moedas podres e mais R$ 1,7 bilhão deixados nos cofres das estatais privatizadas — Biondi chegou ao seu valor. Mais cinco itens, entre eles custo de demissões e compromissos com fundos de pensão, considerados incalculáveis, não integram a coluna das despesas.” (40)
4 – A grande lavanderia
- Gilson Dipp defende que hoje 70% do dinheiro lavado vem da corrupção, mudando a tendência anterior que apontava para o tráfico de drogas.
- O termo offshore vem da pirataria. O que eles roubavam eles guardavam off-shore, traduzindo: fora da costa.
- Os paraísos fiscais são usados por causa das isenções e principalmente por esconderem os verdadeiros donos do dinheiro.
- A maioria das offshores não passa de uma caixa postal.
- Foi ao saberem que o dinheiro que percorria as offshores também financiava o terrorismo que os países desenvolvidos começaram a cobrar de forma mais incisiva uma fiscalização.
- Dos 30 bilhões de dólares lavados no caso Banestado, apenas 10 foram recuperados.
- “Os manuais do ramo notam que a lavagem de dinheiro têm três fases: colocação, cobertura e integração. Na primeira, é preciso reduzir a visibilidade do dinheiro do crime, fracionandoo e convertendoo em outros valores por meio do sistema financeiro, bancos, bolsas de valores e casas de câmbio. É remetido para fora do país, transformado em cheques administrativos, mercadorias e empresas. Em um segundo momento, praticase uma cascata de operações financeiras intensas, complexas e rápidas, da qual participam pessoas físicas e jurídicas e paraísos fiscais. O propósito é afastar o máximo o dinheiro de sua procedência real. Tudo culmina, na terceira etapa, com o retorno do dinheiro ao circuito financeiro normal. Removido de suas impurezas, ganha o status de capital lícito, servindo para compra de bens e constituição de empresas. As offshores servem de ferramenta nos três estágios. Permitem as remessas ilegais ao exterior por meio de uma rede de doleiros e depois atuam na camuflagem e na limpeza por intermédio de operações de repatriamento de dinheiro.” (55)
- O termo “lavagem de dinheiro” teria surgido pelo fato de Al Capone ter adquirido uma rede de lavanderias para justificar as origens ilícitas de seu patrimônio. Meyer Lanski, ao ver a prisão de Capone pensou num outro método para esconder o dinheiro sujo: as offshores.
- Não à toa 1/3 dos paraísos fiscais estão no Caribe, bem próximo aos EUA.
- A OCDE estima que há 5,5 trilhões e euros escondidos nos paraísos fiscais.
- A Citco (responsável por abrir offshores) nas Ilhas Virgens Britânicas foi a ponte utilizada pelos envolvidos no Caso Banestado.
5 – Aparece o dinheiro da propina
- Ricardo Sérgio de Oliveira, ex-tesoureiro do PSDB é uma figura-chave para entender o enriquecimento de membros do partido, como a família Jereissati, que é uma das controladoras da Tele Norte-Leste (Oi).
- Oliveira entrou para o “círculo” por sua capacidade de angariar fundos para as eleições de 1990 e 1994. Manobrou o uso de fundos de pensões estatais para a compra de estatais.
- O governo FHC gastou 21 bilhões de reais no setor de telefonia e o vendeu por 22.
- A família Jereissati pegou 4 bilhões de reais para comprar a Tele Norte-Leste.
- “O controle acionário da Vale foi vendido em maio de 1997, com direito a financiamento oficial subsidiado aos compradores e uso de moedas podres... Custou a bagatela de US$ 3,3 bilhões. Hoje, o mercado lhe atribui preço 60 vezes maior, ou seja, rondando os US$ 200 bilhões. A companhia foi privatizada de forma perversa, atribuindose valor zero às suas imensas reservas de minério de ferro, capazes de suprir a demanda mundial por 400 anos. Além disso, a matériaprima registrou elevação substancial de preço na primeira década do século 21.” (70)
- Em 1999 o Banestado sofreu intervenção do BC. Com isso o MTB substituiu os paranaenses na operação de lavagem, que contava também com a participação de traficantes de drogas, pedras preciosas, armas e pessoas.
- O doleiro funciona como um atravessador. Por exemplo, se alguém tem dinheiro sujo envia para ele e ele deposita na offshore em nome do cliente. O caminho inverso também é comum.
- O uso de testa de ferro é comum, mas em alguns casos o escracho é tão grande que o criminoso nem se dá a esse trabalho.
- No Uruguai offshore é conhecida como “safi”. Diamantes mineiros foram lavados por lá.
6 – Mister Big, o pai do esquema
- Mister Big = Ricardo Sérgio de Souza. Ganhou o apelido de Mendonça de Barros.
- No Brasil, as operações de câmbio são fiscalizadas por amostragem. Isso significa que apenas 15% das 15 mil operações diárias tem chance de serem apuradas (88).
- Uma resolução dos anos 1990 aprovada por FHC permite o anonimato dos investidores estrangeiros de fundos no país.
- Os 30 bilhões de dólares que passaram pelo Banestado se referem apenas ao período de 1998 a 2002.
7 – Ex-caixa do PSDB recebe mais US$ 1,2 milhão.
- A Beacon Hill foi  o maior centro de lavagem de dinheiro da América Latina. Em 2003, logo após o escândalo do Caso Banestado ganhar repercussão, sua sede foi rapidamente fechada em Nova York.
- Entretanto, muita documentação já havia sido remetida para o Brasil, o que acabou embasando a operação Farol da Colina em 2004 que prendeu 63 doleiros.
- Toda a operação bancária que envolva dólares tem que passar pelos EUA.
- Delaware é um paraíso fiscal dentro dos EUA.
- O promotor nova-iorquino Robert Morgenthau foi o responsável por desbaratar o esquema MTB-Beacon Hill. Ele ficou assustado ao saber que a CPI do Banestado terminou em pizza. Porém, pouco antes de se aposentar, fez questão de colocar os nomes de Paulo e Flávio Maluf na lista da Interpol.
8 - O primo mais esperto de José Serra
- Gregório Preciado, casado com uma prima de José Serra conseguiu o abatimento de uma dívida com o BB de R$ 448.000.000,00 para R$ 4.100.000,00.
- Preciado entrou para a política ao ser indicado para o Conselho de Administração do Banespa na gestão Franco Montoro, da qual Serra foi Secretário de Planejamento.
- Mesmo devendo mais de R$ 20.000.000,00 de uma dívida contraída em 1993 no BB, Preciado conseguiu a liberação de mais um empréstimo em 1995 de US$ 2.800.000,00, além de ter tido praticamente zerada a 1ª dívida.
- Novamente não pagou e novamente foi perdoado. De cerca de R$ 61.000.000,00 a dívida caiu para R$ 4.100.000,00.
- O próprio Preciado calculou a sua dívida, se considerado os juros e as multas de todo o período em R$ 448.000.000,00.
- “Devendo milhões ao Banco do Brasil, com suas empresas arruinadas ou à beira da bancarrota, Gregório Marín Preciado é uma carta fora do baralho. Certo? Nada disso. Acontece que o empreendedor, primo e sócio de Serra, não é homem de se intimidar com pouca coisa. Quando se abriu a porteira dourada dos grandes negócios das privatizações na Era FHC, Preciado, num estalar de dedos, transmutouse em player global para jogar o jogo pesado da privataria. E foi às compras. Representante da empresa Iberdrola, da Espanha, montou o consórcio Guaraniana, que adquiriu três estatais de energia elétrica: a Coelba, da Bahia; a Cosern, do Rio Grande do Norte; e a Celpe, de Pernambuco.” (170)
- O extesoureiro de Serra e de FHC, Ricardo Sérgio de Oliveira quando estava no BB e no Previ, cuidou de viabilizar essa jogada.
- “Na composição do consórcio, a Previ entrou com 49% do seu capital, cabendo à Iberdrola, 39%; e ao BB, 12%. Na hora do desembolso, tocou à Iberdrola participar com R$ 1,6 bilhão; e o banco público, com R$ 500 milhões. E a Previ? Bem, a Previ depositou R$ 2 bilhões, de forma que entrou com a maior de todas as somas e, mesmo assim, não detinha o controle acionário do empreendimento. Pagou para o sócio comandar! Um case emblemático de como o dinheiro público pode servir de alavanca para alienar patrimônio público em favor de interesses privados.” (170-171)
- O PSDB travou a ida de Preciado à CPI do Banespa em 2002.
- Após ter perdido para Jaques Wagner as eleições de 2006, Paulo Souto promoveu um trem da alegria. Doou bens do Estado para aliados e Preciado acabou beneficiado por isso. A ilha do Urubu em Porto Seguro foi doada a um grupo de posseiros e via ameaça, Preciado comprou por R$ 270.000,00, revendeu por R$ 5.000.000,00 e estima-se que valha dez vezes mais que isso.
9 - A feitiçaria financeira de Verônica Serra
- A se casarem para uma festa para mais de 800 pessoas num clube caro de SP, Verônica Serra e Alexandre Bourgeois criam a IConexa com sede nas Ilhas Virgens Britânicas.
- Verônica Serra se aliou a sua xará, irmã de Daniel Dantas na lavagem de dinheiro. Elas fundaram a Decidir.com e pouco antes do início da campanha presidencial de 2002, a Serra pulou fora.
- Inicialmente a Decidir tinha sede em Miami. Depois outras Decidir foram abertas, inclusive uma nas Ilhas Virgens Britânicas ligadas a Verônica Serra.
- Oficialmente as empresas davam prejuízo, mas o patrimônio de Verônica Serra só aumentava.
- Alexandre vai à bancarrota e curiosamente nada é encontrado em seu nome durante o processo de penhora.
- Pouco antes de o genro se lançar candidato à presidência novamente, Alexandre fundou o fundo de investimentos Orb, que rapidamente contou com apoio da João Fortes Engenharia.
10 – Os sócios ocultos de Serra
- Serra sempre escondeu suas relações com parentes como Preciado e a própria filha. Mas a corrupção sempre deixa um rabo para fora... Cabe ao judiciário querer enxergá-lo.
- Mais um aparece na orgia da corrupção e lavagem: Vladimir Rioli. Amigo de Serra desde os anos 1960, graças a indicações do parceiro fez estragos na Cosipa e no Banespa.
11 – Dr. Escuta, o araponga de Serra
- “A papelada cedida ao autor pelo jornalista Gilberto Nascimento evidencia que o então governador paulista contratou, sem licitação, por meio da Companhia de Processamentos de Dados do Estado de São Paulo (Prodesp), a empresa Fence Consultoria Empresarial. A Fence é propriedade do exagente do Serviço Nacional de Informações (SNI), o legendário coronel reformado do exército Ênio Gomes Fontelle, 73 anos, conhecido na comunidade de informações como “Doutor Escuta”. A empresa do “Doutor Escuta” foi contratada por R$ 858 mil por ano “mais extras emergenciais” — pagos pelo contribuinte — no dia 10 de julho de 2008.” (243-244)
- A relação com o Dr. Escuta vem desde os tempos de Anvisa.
- O grupo que Serra montou na Anvisa acabou após a notícia chegar na imprensa. Ele alegou que fez isso por estar com medo de ser espionado pelas indústrias farmacêuticas, supostamente prejudicadas por ele.
- É possível que o Dr. Escuta tenha algo a ver com a descoberta dos R$ 1.340.000,00 em espécie na empresa Lunus, que implodiu a campanha de Roseana à presidência em 2002.
- Escuta esteve envolvido com que há de pior dentro do SNI. Participou do assassinato de Alexandre Von Baumgarten sua esposa e o barqueiro com o codinome Dr. César.
12 – Os tucanos e suas empresas-camaleão
- Uma estratégia comum das empresas de fachada para a lavagem de dinheiro é mudar de nome com frequência. O CNPJ é que acaba ajudando na real identificação.
- Santana do Paranaíba – SP é classificada pelo autor como uma cidade de lavagem de dinheiro.
13 – O indiciamento de Verônica Serra
-  Cita a descoberta do envolvimento de Verônica Serra na lavagem de dinheiro pela Justiça que passou batido pela grande imprensa.
- Alega que não quis publicar o livro em 2010 para não ser taxado de panfleto para desestabilizar a campanha serrista.
- Cita as pressões e espionagem que sofreu nesta e em outras investigações.
14 – Quando o autor vira personagem
- O autor esclarece que a maioria dos documentos que utilizou para escrever o livro foram conseguidos na Junta Comercial de São Paulo.
- No trabalho de levantamento foi ajudado pelo despachante Dirceu Garcia, que num dado momento mudou de lado.
- Garcia deu uma entrevista assustado no JN dizendo que Amaury tinha lhe pagado R$ 12.000,00 para conseguir quebrar o sigilo dos investigados.
- Apesar das investigações da PF não ficou comprovada a quebra de sigilo.
- A Folha trabalhou para incriminar o repórter, dando a entender que ele havia conseguido os dados de forma ilegal.
15 – Os vazamentos no “bunker” do Lago Sul
- “Bené” teria sido usado numa tentativa de jogar Pimentel no escândalo das arapongagens.
- Tentaram jogar Amaury também na jogada.
16 – Como o PT sabotou o PT
- Valdemir Garreta: homem envolvido em falcatruas no fornecimento de merenda nas gestões Suplicy e Kassab na PMSP. Tem fama de ameaçar de morte quem se coloca em seu caminho.
- Rui Falcão e Pimentel são inimigos.
- Rui Falcão é acusado de gastos no mínimo desnecessários no início da campanha de Dilma em parceira com Garreta.
- Num dos seus artigos de baixo nível, sem querer (ou por querer) Diogo Mainardi deixou transparecer que Rui Falcão havia sido sua fonte para escrever contra Pimentel e o PT em geral.
- Palocci era aliado de Falcão.
- Falcão teria espionado Amaury, tendo seu notebook invadido e o livro copiado.
- Falcão também vazava para a IstoÉ. Policarpo Jr. O entregou.
- Quando Dilma descobriu, passou a ter relação apenas protocolar com Falcão.
- Amaury alegou inclusive que ele não foi convidado para a festa da posse de Dilma e Falcão o processou por isso.
- Palocci assumiu o comando da campanha no lugar da dupla Pimentel-Lanzetta.
- A Folha também foi beneficiada pelos vazamentos.
Epílogo
- “ [...]o país e suas instituições não têm o direito de continuar fazendo de conta que não viram a rapinagem organizada que devastou os bens do Estado nos anos 1990 e começo da década seguinte.” (339)
- “Se isso não acontecer, isto é, se a memória do saque não se tornar um patrimônio dos brasileiros, o país poderá repetir esta história, mais cedo ou mais tarde.”
- Infelizmente, 5 anos depois aconteceu...

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